terça-feira, 2 de outubro de 2012

O anoitecer, solidão, culpa e sono


 









Primeiro, tudo empobrece
Rompe-se o sentido de cor
O rosto aquecido escurece.

Primeiro, a luz desaparece
A vida o tom de morte enaltece
O então pequeno agora cresce.

Ouvi-se um bater lá no fundo
Há alguém sozinho em um mundo,
Bate uma morte o pulsar auto-imundo.

À ocasião pouco plena
Uma porta imensa, pequena
Tamanho justo a quem a encena.

Alguém se recolhe no canto.
Espreme o fazer-se em seu manto,
Dorme acordado enfim e no entanto.

Primeiro, se perde o sentido
O calor se resfria espremido;
Um dormir aliviado e perdido.

Depois, total vazio.

24/09/2012 Erik

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