Primeiro, tudo empobrece
Rompe-se o sentido de cor
O rosto aquecido escurece.
Primeiro, a luz desaparece
A vida o tom de morte enaltece
O então pequeno agora cresce.
Ouvi-se um bater lá no fundo
Há alguém sozinho em um mundo,
Bate uma morte o pulsar auto-imundo.
À ocasião pouco plena
Uma porta imensa, pequena
Tamanho justo a quem a encena.
Alguém se recolhe no canto.
Espreme o fazer-se em seu manto,
Dorme acordado enfim e no entanto.
Primeiro, se perde o sentido
O calor se resfria espremido;
Um dormir aliviado e perdido.
Depois, total vazio.
24/09/2012 Erik
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