segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Poema de Segunda: Abstinente

Por hoje, acoberta-me o peito
Sem dizer um tanto para embalar.
Acolhe-me tênue no calcanhar
Do aconchego silábico, feito.

Pois hoje, acoberto-me na farsa
Para dizer o quanto inquieto
Quando abandonei as botas do verso
Fazendo-me o que fortes, minha caça.

O que diabos aconteceu de mim?
Que cada dia é como o do fim
Com tantos pensamentos dispersos?

Sinto perder o rumo do caminho
já perdido, assumo. Nem adivinho
Aonde foram parar os meus versos.

00:33  04/01/2019

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